sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Pesquisa e Montagem / Quadro Coreográfico

A montagem de um quadro coreográfico acontece através da junção de duas formulas -  a primeira, denominamos de “trilho coreográfico” ou partitura, ou seja, trata-se de um roteiro provisório traçado pelo coreógrafo, que serve de caminho ou estimulo para o interprete atingir o resultado estético idealizado.

O segundo nível é o que denominamos de “janela coreográfica ou vazio de improvisação” cujo interprete ou bailarino depois de ter aprendido o caminho idealizado tem a liberdade de projetar sua história e realizar as devidas adaptações coreográficas para seu corpo, isto é, nessa fase o interprete projeta sua história no quadro coreográfico criando assim um aparente efeito de humanização, ou melhor, uma certa naturalidade da obra no corpo do interprete.


Depois que o “trilho coreográfico” foi concebido pelo coreógrafo, materializado em seu próprio corpo ou no corpo do bailarino, essa partitura é relida conforme a subjetividade do interprete e redirecionado pelo coreógrafo ou novamente dirigida para construção do todo da obra, a fim de torna-la veráz nos corpos de quem executa.

Assim, pode-se dizer que o processo coreográfico segue um sentido cíclico, isto é, começa se pela construção de uma estrutura coreográfica ou partitura, que depois será apreendida pelo interprete onde sofrerá uma relativa mudança conforme a subjetividade do pesquisador para em seguida ser redirecionada conforme o contexto geral da obra.










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