sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Pesquisa e Montagem / Quadro Coreográfico

A montagem de um quadro coreográfico acontece através da junção de duas formulas -  a primeira, denominamos de “trilho coreográfico” ou partitura, ou seja, trata-se de um roteiro provisório traçado pelo coreógrafo, que serve de caminho ou estimulo para o interprete atingir o resultado estético idealizado.

O segundo nível é o que denominamos de “janela coreográfica ou vazio de improvisação” cujo interprete ou bailarino depois de ter aprendido o caminho idealizado tem a liberdade de projetar sua história e realizar as devidas adaptações coreográficas para seu corpo, isto é, nessa fase o interprete projeta sua história no quadro coreográfico criando assim um aparente efeito de humanização, ou melhor, uma certa naturalidade da obra no corpo do interprete.


Depois que o “trilho coreográfico” foi concebido pelo coreógrafo, materializado em seu próprio corpo ou no corpo do bailarino, essa partitura é relida conforme a subjetividade do interprete e redirecionado pelo coreógrafo ou novamente dirigida para construção do todo da obra, a fim de torna-la veráz nos corpos de quem executa.

Assim, pode-se dizer que o processo coreográfico segue um sentido cíclico, isto é, começa se pela construção de uma estrutura coreográfica ou partitura, que depois será apreendida pelo interprete onde sofrerá uma relativa mudança conforme a subjetividade do pesquisador para em seguida ser redirecionada conforme o contexto geral da obra.










quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Treinamento I

O treinamento corporal do Grupo Strondum tem como premissa apropriação de técnicas tradicionais (balé, moderno, artes marciais) relidas pelo viés de vivências alternativas resultando, assim, no que podemos, chamar de técnica de exercício funcional. Desse modo, conforme as necessidades dos trabalhos o grupo de artista é deslocado para realizar aulas em espaço extra-sala. No entanto, em sala de aula utiliza-se desde tradicionais exercícios de barra do balé clássico e sua extrapolação. Pois, como filosofia de treinamento, adotou agregar várias técnicas para construção do que chamamos de "corpo-inteligente". Isto é, através da variabilidade e alternativa, ativa-se a memória corporal por meio de vivências, treinamentos que vislumbrem o comportamento cognitivo inserindo-se num contexto performático ou cênico que o grupo propõe.



Sendo assim, um dos principais fatores que se busca tanto nos “treinamentos" coreográficos como nos exercícios em sala de aula e extra-sala é focar, além dos cuidados corporais, o espírito motivacional do grupo. Dessa forma, a inteligência que se busca motivar no individuo é aquela que não se separa da capacidade de aprender regras, questioná-las e ou reorganizar o espírito-corporal no espaço que vive.







sexta-feira, 3 de setembro de 2010

PROCESSO DE MONTAGEM

A ideia de construir este blog consiste no desejo de  exteriorizar o processo de criação do grupo e, dessa maneira, o leitor poderá acompanhar o registro do processo de concepção do trabalho como:  reflexões, sequências coreográficas, orientação de pesquisa, preparo físico etc.
Por se tratar de um blog-relatório, as exigências estéticas dos conteúdos registados são postos de lado em detrimento da transparência e naturalidade do processo, haja vista que,  no lugar da "perfeição" ressaltam os desafios, as metas de execução, os impasses coreográficos e  os processos de treinamentos.
Em ação:
Cláudio Henrique, Johnny Charles e Manuel Ozires
Captação de imagem: Eduardo Lopes



quinta-feira, 2 de setembro de 2010

COREOGRAFAR

Em primeira instância o lema que se encontra nos integrantes do Grupo Strondum para serem coreografados  é estar "pronto" todavia esse termo não implica num estagnação de estado ou  dinâmica ou forma acabada. Mas em deixar o espírito em alerta. Isto é, estar pronto para o Grupo é o mesmo que cultivar o continuo esforço de estar motivado para produzir uma ação, pois o ânimo em nosso entender é como uma  fogueira, se não for realizado a manutenção da mesma, se apaga. 
No STRONDUM  contamos com "rebeldes" de espíritos pessoas que tenham iniciativas, haja vista que o processo de criação do coreógrafo (CHEO) solicita ao colaborador artístico (bailarino, intérprete, performer, pesquisador corporal etc.) a exteriorização de seu ponto de vista e sensação  dos "trilhos coreográficos"  (partitura ou sequência corporal)  para que as ações concebidas, sejam humanizadas  e novamente redirigidas, a partir do processo de interiorização do trabalho no corpo de quem executa  e com isso a contextualização da cena.
Em ação: Antônio Júnior, Cláudio Henrique, Eduardo Lopes, Jhonny Charles, Manuel Ozireis

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